CURSO DE ARTESANATO EM MACRAMÊ E FESTONÊ

O Treinamento de Artesanato em Macramê e Festonê  e um curso do Senar em parceria com Sindicato Rural e com a Prefeitura Municipal De Barra do Garças- Ação Social sera realizado no CSU – Cras Santo Antonio Contato Daniela  e no Sindicato Rural  situado na Rua Mato Grosso nº 1100 contato 66 3401- 2008/ 9988-1057 com Elaine ou Vanilda :

periodo 31/03 a 04/042014 – carga horaria 40 horas

com certificado / Gratuito

Instrutora  Maria Marana

Vagas limitadas 15 alunos 

 anexa programação:

Treinamento:  Artesanato em Macramê
Carga Horária:  40
Total de Vagas:  8 – 15
Natureza:  Aperfeiçoamento
Tipo:  Treinamento
Objetivo Geral:  Confeccionar peças, utilizando pontos de macramê.
Pré-Requisto:  

Ter idade mínima de 16 anos

Ser alfabetizado.

Produtor e Trabalhador Rural

Apresentar o Cadastro de Pessoa Física (CPF) e Cédula de Identidade (RG) no ato da inscrição.
Programação:  

Apresentação;

SENAR;

Segurança e saúde no trabalho;

Ética e Cidadania;

Meio ambiente;

 Introdução;

Qualidade e produtividade;

Classificação do tecido e da linha;

Confecção dos pontos;

Confecção das franjas e peças;

Acabamento;

Armazenamento;

Embalagem;

Princípios de gestão;

Avaliação;

Encerramento

 

CURSO DE IDENTIFICAÇÃO E USO DE PLANTAS MEDICINAIS

O Treinamento de Identificação e Uso de Plantas Medicinais e um curso do Senar em parceria com Sindicato Rural e com a Faculdade Univar situada Rua Moreira Cabral, 1000 – Setor Jd. Mariano, 66 3401 – 1602 contato Auréa coordenadora do Curso de Farmácia e no Sindicato Rural  situado na Rua Mato Grosso nº 1100 contato 66 3401- 2008/ 9988-1057 com Elaine ou Vanilda :

periodo 24 a 28/03/2014 – carga horaria 40 horas

com certificado / Gratuito

Instrutora  Toninho

Vagas limitadas 15 alunos 

 

 

CURSO DE FABRICAÇÃO CASEIRA DE PRODUTOS DE HIGIENE E LIMPEZA

O Treinamento de Fabricação Caseira e um curso do Senar em parceria com Sindicato Rural e parceira Obras Sociais Francisco de Assis situada  Avenida Ezequiel de Carvalho, 3400, Jd. Nova Barra  66- 3405-6001 contato  Fernando ou Clacione  e no Sindicato Rural  situado na Rua Mato Grosso nº 1100 contato 66 3401- 2008/ 9988-1057 com Elaine e Vanilda :

periodo 24 a 26/03/2014 – carga horaria 24 horas

com certificado / Gratuito

Instrutora  Poliana

Vagas limitadas 15 alunos  –  Anexo Programação do Evento

 

Treinamento:  Fabricação Caseira de Produtos de Higiene e Limpeza
Carga Horária:  24
Total de Vagas:  8 – 15
Natureza:  Aperfeiçoamento
Tipo:  Treinamento
Objetivo Geral:  Produzir produtos de higiene e limpeza.
Pré-Requisto:  

Ter idade mínima de 18 anos

Ser alfabetizado.

Produtor e Trabalhador Rural.

Apresentar o Cadastro de Pessoa Física (CPF) e Cédula de Identidade (RG) no ato da inscrição.
Programação:  

Apresentação;

 SENAR;

Segurança e Saúde no Trabalho;

Ética e Cidadania;

Alerta Ecológico;

Seleção dos Ingredientes e Utensílios;

Preparo dos Utensílios;

Preparo das Misturas;

Cuidados  na Fabricação dos Produtos;

Produção de Sabão Frio,

Produção de Sabão de Polvilho,

Produção de Sabão de Fubá,

Produção de Sabão de Álcool,

Produção de Sabão de Mamão Verde,

Produção de Sabão de Mandioca,

Produção de Sabão de Abóbora;

Produção de Sabão em Pó;

Produção de Detergente;

Produção de Desinfetante;

Produção de Sabão Líquido;

Produção de Amaciante;

Produção de Pasta para louça;

Produção de Pasta de brilho para alumínio;

Produção de Sabonete em barra;

Produção de Sabonete líquido;

Critério para acondicionamento dos produtos;

Armazenamento;

Embalagem;

Noções de gestão (administração, comercialização, marketing);

Avaliação do Treinamento;

Encerramento;

 

CONTROLE DE FORMIGAS CORTADEIRAS E CUPINS EM PASTAGENS

O Treinamento sera realizado no periodo de 17/03 a 19/03/2014 no  Centro Educacional Padre Agostini – CEPAG. Rua Holanda, s/n – Bairro Maria Joaquina – Pontal do Araguaia – MT Telefone: (66) 3401-8022 Creche das Irmãs – contato irmã Denice, Sindicato dos Trabalhadores Rurais do pontal do Araguaia com camila 66 9202-0855 e Sindicato Rural  Barra do Garças situado na Rua Mato Grosso nº 1100 contato 66 3401- 2008/ 9988-1057 com Elaine e Vanilda :

periodo 17/03 a 19/03/2014

com certificado / Gratuito

Instrutor Eduardo Alvim

Vagas limitadas 15 alunos  –  Anexo Programação do Evento

Treinamento:  Controle de Formigas Cortadeiras e Cupins de Pastagens
Carga Horária:  24
Total de Vagas:  8 – 15
Natureza:  Aperfeiçoamento
Tipo:  Treinamento
Objetivo Geral:  Controlar às Formigas Cortadeiras e Cupins, em Pastagens.
Pré-Requisto:  

Ter idade mínima de 18 anos

Ser alfabetizado

Trabalhador e Produtor Rural.

Apresentar o Cadastro de Pessoa Física (CPF) e Cédula de Identidade (RG) no ato da inscrição.
Programação:  

Apresentação;

SENAR;

Ética e Cidadania;

Segurança e Saúde no Trabalho;

Meio Ambiente;

Introdução ao Controle de Formiga e Cupim;

Formigas Cortadeiras;

Gêneros de Formigas;

Distribuição Geográfica das Espécies de Formigas;

Diferenciação entre Saúva e Quenquém;

Formação do formigueiro;

Métodos de controle de formigas;

Controle químico;

Ciclo de Vida do Cupim;

Características dos cupins;

Controle químico dos cupins;

Avaliação;

Encerramento.

 

CULTIVO DE PLANTAS MEDICINAIS

O Treinamento sera realizado no periodo de 31/03 a 04/04/14 no  Centro Educacional Padre Agostini – CEPAG. Rua Holanda, s/n – Bairro Maria Joaquina – Pontal do Araguaia – MT Telefone: (66) 3401-8022 Creche das Irmãs – contato irmã Denice, Sindicato dos Trabalhadores Rurais do pontal do Araguaia com camila 66 9202-0855 e Sindicato Rural  Barra do Garças situado na Rua Mato Grosso nº 1100 contato 66 3401- 2008/ 9988-1057 com Elaine e Vanilda :

periodo 31/03 a 04/04/2014

com certificado / Gratuito

Instrutor Toninho

Vagas limitadas 15 alunos  –  Anexo Programação do Evento

Treinamento:  Cultivo de Plantas Medicinais
Carga Horária:  40
Total de Vagas:  8 – 15
Natureza:  Aperfeiçoamento
Tipo:  Treinamento
Objetivo Geral:  Cultivar Plantas Medicinais, usando técnicas adequadas.
Pré-Requisto:  

Ter idade mínima de 18 anos

Ser alfabetizado

Ser Produtor ou trabalhador rural.

Apresentar o Cadastro de Pessoa Física (CPF) e Cédula de Identidade (RG) no ato da inscrição.
Programação:  

Apresentação;

SENAR;

Ética e Cidadania;

Segurança e Saúde no Trabalho;

Meio Ambiente;

Introdução ao Cultivo de Plantas Medicinais;

Classificação Popular e Científica;

Escolha da Área para Plantio;

Preparo dos Canteiros;

Coleta das Plantas

Seleção das Mudas;

Identificação das Plantas;

Plantio;

Avaliação;

Encerramento.

 

CURSO DE CLASSIFICAÇÃO DE GRÃOS DE ORIGEM VEGETAL SOJA E MILHO

O Treinamento sera realizado no periodo de 10 a 14/03/14 no  Centro Educacional Padre Agostini – CEPAG. Rua Holanda, s/n – Bairro Maria Joaquina – Pontal do Araguaia – MT Telefone: (66) 3401-8022 Creche das Irmãs – contato irmã Denice, Sindicato dos Trabalhadores Rurais do pontal do Araguaia com camila 66 9202-0855 e Sindicato Rural  Barra do garças situado na Rua Mato Grosso nº 1100 contato 66 3401- 2008/ 9988-1057 com Elaine e Vanilda :

periodo 10 a 14/03/14

com certificado / Gratuito

Instrutor Toninho

Vagas limitadas 15 alunos  –  Anexo Programação do Evento

Treinamento:  Classificação de produtos de origem vegetal – Soja e Milho
Carga Horária:  40
Total de Vagas:  8 – 15
Natureza:  Aperfeiçoamento
Tipo:  Treinamento
Objetivo Geral:  Classificar produtos de origem vegetal, utilizando legislação específica.
Pré-Requisto:  

Ter idade mínima de 18 anos

Ser alfabetizado.

Produtor e Trabalhador Rural.

Apresentar o Cadastro de Pessoa Física (CPF) e Cédula de Identidade (RG) no ato da inscrição.
Programação:  

Apresentação;

SENAR;

Ética e Cidadania;

Saúde e segurança no trabalho;

Meio Ambiente;

Origem e fisiologia das culturas do Milho e Soja.

Avaliação da qualidade dos grãos;

Normas de padronização dos grãos;

Recepção dos grãos;

Amostragem;

Conceito de classificação de grãos;

Principais equipamentos de classificação de Soja;

Determinação de Grupo, Defeitos e Classe da soja;

Tabelas de classificação e preenchimento de laudo;

Etapas do procedimento de classificação de soja;

Principais equipamentos de classificação do milho;

Determinação de Grupo, Defeitos e Classe do milho;

Tabelas de enquadramento e preenchimento de laudo;

Etapas de procedimento de classificação do Milho.

Encerramento.

 

SEFAZ prorroga prazo para entrega das coordenadas geográficas de imóveis rurais

A Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso (Sefaz) prorrogou novamente o período para entrega das coordenadas geográficas de imóveis rurais. O prazo, que venceria em janeiro, foi estendido até 1º de julho de 2014. A decisão partiu após uma reunião entre a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e a Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja) com a Sefaz.

 

O novo prazo foi publicado no Diário Oficial do Estado no dia 31 de janeiro. De acordo com o diretor executivo da Famato, Seneri Paludo, os produtores ainda enfrentam muitas dificuldades ao passar os dados das coordenadas geográficas para o sistema online da Sefaz. "A secretaria entendeu que o sistema ainda precisa de adequações, pois complica a vida dos produtores na hora da entrega das coordenadas geográficas e, além disso, acabava tornando o cumprimento do antigo prazo quase impraticável. Mesmo com a prorrogação do prazo, vamos continuar trabalhando para facilitar o processo para os produtores", explica Paludo.

 

Acesse o Blog Tributário da Famato e veja mais informações sobre o assunto: http://www.sistemafamato.org.br/blogtributario/ou entre em contato com o Núcleo Técnico da Famato pelo telefone (65) 3928-4561.

 

A Famato é a entidade que representa os 87 sindicatos rurais existentes em Mato Grosso. Junto com o Imea e o Senar-MT, forma o Sistema Famato. Acompanhe-nos nas redes sociais, pelo Facebook (https://www.facebook.com/sistemafamato) e pelo perfil no Twitter (@sistemafamato).



Fonte: Ascom Famato 

Escolas podem se inscrever para programa Filhos no Campo

Ordenhar uma vaca, visitar hortas e pomares, lidar com os animais de uma fazenda, saber de onde vem os alimentos e produtos que consumimos diariamente são atividades muitas vezes desconhecidas por quem não mora no campo.

Mostrar a realidade e origem das matérias primas para crianças que vivem na zona urbana é o principal objetivo do programa especial Filhos no Campo, idealizado pelo Sindicato Rural de Matupá e realizado por meio de parceria entre Sindicatos Rurais, prefeituras e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT).

O analista de Educação Profissional Rural, Garibaldi Toledo de Moraes Júnior, informa que o início das visitas do programa estão programadas para começarem em abril. "As escolas interessadas em participar do Filhos no Campo podem procurar o  Sindicato Rural de seu município".

Em 2013, foram realizadas 90 turmas,  que atendeu cerca de 3.600 crianças. A previsão para 2014 são mais 90 turmas.

Como funciona – As turmas de 40 alunos com idade entre sete e 12 anos serão organizadas pelos Sindicatos Rurais Patronais. As crianças devem estar matriculadas no ensino fundamental da rede pública ou privada  e residirem em áreas urbanas de Mato Grosso.

O passeio é realizado durante um dia inteiro, em uma propriedade nas proximidades do município, onde os participantes conhecerão atividades de agricultura e pecuária e as etapas do processo produtivo.

A turma será acompanhada por três profissionais da escola, sendo orientados pelo instrutor, dois monitores, e um funcionário da fazenda.

Contato – Para ter acesso aos telefones dos Sindicatos Rurais, acesse o site: www.sistemafamato.org.br/portal/sindicatos

 

O Senar-MT faz parte de um conjunto de entidades que forma o Sistema Famato. Essas entidades dão suporte para o desenvolvimento sustentável do agronegócio e representam os interesses dos produtores rurais do Estado. É formado ainda pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) e pelos 87 sindicatos rurais do Estado. O Senar está no Twitter e no Facebook. Siga @senar_mt e curta a Fan Page (www.facebook.com/SenarMt).

Fonte: Gerência de Comunicação Senar-MT

  

Medidas podem reduzir em 20% emissões de gases da pecuária

 

Cálculos elaborados pelo matemático da Unicamp Rafael de Oliveira Silva indicam que medidas simples e de baixo custo poderiam mitigar em cerca de 20% os gases de efeito estufa (GEEs) anuais emitidos pela pecuária brasileira. As estimativas tomam como referência a região do Cerrado, responsável por 35% da produção de carne bovina no país. O Inventário Nacional de Emissões de GEEs, elaborado pelo governo brasileiro, aponta que a criação de gado bovino para corte gera uma média anual de 15,4% de gases, superando até mesmo os combustíveis fósseis, estes com 15,1%.

Conforme o matemático da Unicamp, surpreendentemente, é o aumento no consumo da carne – e não a redução – um dos principais fatores associados à diminuição das emissões. A revelação integra estudo conduzido por Rafael Silva junto ao Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (Imecc) da Unicamp, em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Faculdade Rural da Escócia, vinculada à Universidade de Edimburgo, e o Instituto Nacional de Pesquisa Agronômica da França (Inra).

A pesquisa insere-se no âmbito do projeto internacional AnimalChange, cuja meta é estimular a pecuária sustentável, reduzindo as emissões de GEEs no setor. O AnimalChange é coordenado pelo Instituto de Pesquisa francês, com a participação de diversos países, entre os quais o Brasil, por meio da Embrapa, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Unicamp. O governo brasileiro, lembra Rafael Silva, se comprometeu, durante a 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 15), a reduzir, voluntariamente, as emissões de GEEs entre 36% e 39% até 2020.

Especialistas do setor vêm apontando a atividade agropecuária como uma das principais responsáveis pelas emissões de poluentes que elevam a temperatura do planeta, sobretudo no Brasil, que possui o maior rebanho comercial do mundo com 212 milhões de cabeças.  O processo de digestão do gado bovino libera o gás metano (CH4), cujo potencial para causar o efeito estufa é 25 vezes maior do que o CO2, por exemplo.

Por isso, segundo o pesquisador, a expectativa era de que a diminuição do consumo da carne bovina poderia atenuar o impacto da atividade agropecuária sobre os GEEs. Mas um modelo matemático, elaborado por ele para avaliar as tecnologias para mitigação de gases de efeito estufa, demonstrou o contrário.

“Conforme nossos cálculos, um aumento de 30% na demanda pelo gado de corte reduzirá 4% do total das emissões de GEEs. E uma diminuição no consumo da carne na mesma proporção elevaria em 5% as emissões totais. Nossa avaliação reforça que a recuperação de pastagens é a maior oportunidade do país para retirar o carbono da atmosfera”, aponta o pesquisador.  

Rafael Silva esclarece que a redução no consumo da carne desencadearia um processo em série: haveria menos produção de gado de corte, levando os criadores a desintensificarem o sistema de pastagem, que por sua vez, deixaria de sequestrar carbono da atmosfera. No fim das contas, as emissões seriam maiores, fundamenta o matemático.

“Essa variável do aumento no consumo da carne bovina foi uma surpresa, um resultado inesperado e muito bom. A chave para entendê-lo é o potencial da recuperação de pastagem como tecnologia para mitigação dos gases de efeito estufa. A recuperação de pastagem tem um custo negativo para o setor, e o potencial é 17 vezes maior do que o de todas as outras tecnologias avaliadas.”

Ainda de acordo com o pesquisador, esta tecnologia apresenta uma potencialidade para mitigar 23,4 megatoneladas de CO2 por ano. O dado permite projetar que em torno de 20% das emissões anuais de GEEs poderiam ser reduzidas no Cerrado brasileiro, a mais importante região para produção de carne bovina no país.

“Esse abatimento é por conta do sequestro de carbono e também porque a recuperação da pastagem evita o desmatamento. Para atingir uma demanda cada vez mais crescente pelo consumo interno e pelas exportações de carne, há duas opções para os produtores: aumentar a área de pastagem, desmatando, ou intensificar a área existente, produzindo mais por hectare.”

O matemático explica que o custo da tecnologia seria negativo porque a sua implementação se traduzira num caso de ganho versus ganho. A recuperação de pastagens degradadas retiraria, via fotossíntese, o carbono da atmosfera e, ao mesmo tempo, elevaria a lucratividade do setor.

“Segundo nossos resultados, o fluxo de carbono do solo, pelo acúmulo de material orgânico das pastagens, pode contrabalancear as emissões diretas da produção de gado de corte. Além disso, as áreas de pastagens são muito extensas, portanto, há uma quantidade muito significativa de sequestro de carbono”, pontua.

Os resultados apresentados pelo matemático compõem dissertação de mestrado defendida por ele em novembro último junto ao Imecc. Na pesquisa, Rafael Silva desenvolveu um modelo para identificar e analisar as principais tecnologias capazes de reduzir as emissões de gases de efeito estufa na pecuária.

O trabalho foi orientado pelo docente do Imecc Antônio Carlos Moretti, que também atua na Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA). Houve ainda a colaboração do pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária Luís Gustavo Barioni, como coorientador da dissertação. Pelo lado da Faculdade Rural da Escócia, o professor Dominic Moran participou das pesquisas.

 

Avaliação de tecnologias 

A pecuária brasileira, responsável por 35% da produção total de carne bovina no país, está baseada na tríplice do gado nelore, do sistema de pastagem da brachiaria e da região do Cerrado, situa o pesquisador da Unicamp. O estudo, de acordo com ele, levou em conta estes fatores para analisar o custo efetivo das tecnologias existentes para a mitigação dos gases de efeito estufa.

Entre as tecnologias avaliadas, além da recuperação de pastagens, estão o confinamento do animal a partir de determinado peso; as suplementações alimentares; e a aplicação de inibidores de nitrogênio na pastagem, outra fonte de emissão de GEEs. O modelo matemático avaliou o custo em reais por tonelada para a redução de gases e qual o potencial de cada uma das tecnologias.

“O confinamento e as suplementações alimentares também apresentaram bons resultados, mas nada comparado à recuperação de pastagens degradadas. A aplicação de inibidores de nitrogênio possui um custo bastante elevado para o setor e potencial de mitigação muito baixo. O modelo identificou a existência de relações sinérgicas entre as tecnologias, apontando que a melhor alternativa seria associar algumas dessas técnicas, o que aumentaria ainda mais o potencial da recuperação de pastagens”, defende o pesquisador, que dará sequência aos estudos com um doutorado na Universidade de Edimburgo.

A análise foi feita por meio da construção de um modelo de programação linear, que representa um sistema de produção de gado de corte a pasto, com e sem suplementação, e confinamento. Um segundo modelo foi desenvolvido para estimar os estoques de carbono no solo sob pastagens com diferentes níveis de produtividade. Neste modelo é simulado o efeito da degradação, manutenção, recuperação, e dinâmica de mudança de uso da terra nos estoques de carbono.

Publicação

Dissertação: “Eaggle: um modelo de programação linear para otimização de estratégias de mitigação de gases de efeito estufa em sistemas de produção de gado de corte”
Autor: Rafael de Oliveira Silva
Orientador: Antônio Carlos Moretti
Coorientador: Luís Gustavo Barioni
Unidade: Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (Imecc)
Financiamento: Embrapa e Faculdade Rural da Escócia